Oh Canadá!

Blog criado para informar familiares e amigos sobre nossas aventuras e desventuras em terras canadenses

Viagem de Prospecção - Toronto

O início da nossa viagem para ver se as histórias faziam jus ao real

Viagem de Prospecção - Ottawa/Gatineau

A nossa viagem chega na capital canadense e na divida com a Belle Province.

Viagem de Prospecção - Ville du Québec

Visitando a lindíssima Ville du Québec.

Viagem de Prospecção - Montréal

O final da nossa viagem nos levou à Montréal

25 de dezembro de 2010

Normas de trabalho


 

Na busca por emprego do Québec, podemos ter dúvidas sobre as grandes diferenças sobre a lei que protege o trabalhador québecois. Existem muitas diferenças e é muito importante estarmos preparados para não sermos pegos desprevenidos caso encontremos algum empregador explorador. Não queremos que nossa ignorância seja utilizada por alguém acostumado a encontrar imigrantes perdidos, né?


 

O site Comission des Normes de travail du Québec possui todas as informações necessárias de maneira clara e até lúdica de mostrar essas diferenças, sem complicações.

Os vídeos que eles colocam no site são muito interessantes e até engraçados, porém falam de coisas sérias. Coloquei dois que eu gosto:

Ah! Os vídeos do site possuem legenda, caso tenha algo que não consiga entender...porém caso isso aconteça, perceba que você precisa estudar mais francês. xD






1 de dezembro de 2010

Debat du Shiste!



Estava ouvindo o podcast da Christiane Charette e uma das várias discussões, além dos escândalos diários da política, é sobre o "Gaz de Shiste". Só pra contextualizar, o "Gaz de shiste" é um gás natural proveniente da rocha chamada Xisto Argiloso ou folhelho. Uma grande quantidade desse gás foi encontrado no Québec e o governo começou as pesquisas, o que gerou uma pequena confusão na sociedade. Veja nesse link um vídeo com diversos artistas do Québec que não se dizem contra a exploração, mas querem que a sociedade possa escolher o melhor caminho : Vídeo .

Acredito que independente das intenções por trás dos 2 grupos, acredito que uma discussão sobre o assunto é e será sempre bem vinda, ainda mais para nós brasileiros, nessa época do pré-sal...

28 de novembro de 2010

Relatório informativo


Não tenha escrito muito aqui durante esse tempo,pois não temos muitas notícias do consulado tirando o fato de que os pedidos dos exames tem saído para os que estavam travados na fila. O pessoal de dezembro já recebeu todos os pedidos e o consulado até já fechou janeiro (Segundo a lista do Orkut que nada mais é do que uma amostra), mas nada diretamente ligado à nós.

Por outro lado, os nossos preparativos continuam, pois mesmo o consulado dando sua travada, nós estamos à pleno vapor! Faz mais de 2 meses o Marcos terminou de coletar todas as informações pra dar entrada na Ordem profissional (a OIIQ) para começar todo o processo por aqui (como ele já relatou nesse link ) e após o envio já houve o débito no cartão. Isso fez eu me lembrar do início do nosso processo quando era uma felicidade olhar o nome Escritório Québec na fatura rss.

Os estudos continuam seguindo como o planejado. Pós, curso, francês e tudo o que aparece para acrescentar sendo absorvido com êxito. Estamos muito felizes com o andamento dessa parte do processo e nada tem saído do planejado. Até a FEL continua, ainda recebendo broncas do Professor, ainda apanhando pra arranjar tempo, mas com muitas trocas gratificantes acontecendo.

Outra parte também sendo encaminhada é a saúde. Estamos fazendo check-ups, fizemos até cirurgias (simples) para evitar possíveis problemas que poderiam aparecer lá no Québec quando teríamos que estar 100%.

Ah! Embora eu tenha crescido em uma casa onde 70% das pessoas trabalham na área da saúde, por ser uma pessoa extremamente alérgica, minha mãe achou melhor não me vacinar. Por esse motivo não possuía diversas vacinas importantes, logo, resolvi que seria o momento de arrumar essa situação. Com isso também descobri quão difícil é tomar vacina quando você já passou um pouquinho da idade rs .



Ou seja, embora o processo por parte do consulado estar meio parado pra gente, por outro lado nosso lado está a todo vapor!

30 de setembro de 2010

Informações para obter o NAS




Enquanto o processo se desenrola é muito bom aproveitar esse tempo para as pesquisas. Entendo que conforme o tempo vai passando e a ansiedade aumentando, acaba o saco de pesquisar as mesmas coisas, porém é tão comum ler pessoas reclamando da demora do consulado e quando recebem o visto, reclamam da falta de tempo para finalizar certas coisas. Sei que eu também não serei exceção, pois existem certas medidas que só podemos tomar quando recebermos o visto.


Mas enfim, todo esse blá-blá-blá pra dizer que por enquanto estou com saco pra fazer pesquisas. rss E vou colocar aqui as informações para se conseguir o NAS (numéro d'assurance sociale) caso você seja residente permanente :
A primeira coisa a se fazer é ir à um Bureau du Centre de Service Canada mais perto da sua casa. É possível buscá-los através do site: http://www.servicecanada.gc.ca/cgi-bin/hr-search.cgi?app=hme&ln=fra


Os documentos (originais) necessários para fazer esse pedido são:
  1. Confirmação de residência permanente e o visto do passaporte (Se você já possuir o cartão de residente permanente, pode utilizá-lo no lugar)
  2. Comprovante de residência
  3. Se quiser, pode já baixar os formulários do pedido e levar preenchido. (não é obrigatório).
No mesmo momento eles te darão o número do NAS, porém o cartão chegará em 10 dias úteis.


Caso você queira, pode mandar todos os formulários e documentos acima para o endereço: Service Canada
Bureau d'immatriculation aux assurances sociales
C.P. 7000
Bathurst (Nouveau-Brunswick)
E2A 4T1



Junto com seu cartão eles devolverão seus documentos, porém eles não se responsabilizam por algo que aconteça durante o envio.


No caso de um recém nascido, você pode aproveitar o momento que for preencher o formulário para a Certidão de Nascimento e pedir ao mesmo tempo o NAS do bebê (Mais informações: http://www.etatcivil.gouv.qc.ca/fr/default.html)


Guarde esse número e esse cartão em locais seguros e nunca passe para qualquer pessoa, ele não serve como carteira de identidade. Esse número serve para:



  1. Entregar ao seu empregador

  2. Para informações sobre renda

  3. Para instituições financeiras que mexem com sua renda (por exemplo, bancos e etc.)

  4. Pra prestações do http://www.servicecanada.gc.ca/fra/sc/nas/index.shtmlRégime de pensions du Canada ou da Régie des rentes du Québec

  5. Para prestações do seguro assurance-emploi

  6. Para a Subvention canadienne pour l'épargne-études (SCEE) e o Régime enregistré d'épargne-études (REEE)

  7. Para a Prestation fiscale canadienne pour enfants (PFCE)

  8. Aos prêts d'études canadiens

  9. Para os reembolsos das taxas (TPS, TVH e TVQ)

  10. Para a assistencia social

  11. Para o programa destinado aos antigos combatentes

  12. Para indenizações caso ocorra um acidente de trabalho

  13. Para pensão alimentícia




Fonte:

14 de setembro de 2010

E as cartas voltaram a chegar...




Hoje o Marcos e eu finalmente recebemos a carta do consulado falando da abertura do nosso processo na etapa federal. Foi uma surpresa nós dois termos recebido no mesmo dia, mesmo com tanta gente que mandou na mesma época que nós estarem esperando a cartinha deles. Foi uma surpresa boa, pelo menos.

 
Já tínhamos acesso ao E-cas, então a ansiedade nem foi essa, mas agora pelo menos temos datas, temos algum comprovante em mãos. Pelo menos agora parece que fomos vistos pelo consulado. Seria ótimo se fossem acelerando tudo agora e todos os dezembrinos recebessem esse mês todas as cartas que precisam, coitados estão quase completando 1 ano de processo...

Enfim, embora no E-cas a data de início do tratamento da demanda seja julho, segundo a carta o tempo de processo é contado à partir de junho. Pelo menos uma coisa boa. Espero que no final do ano quando atingir a primeira data em Dezembro, eu já esteja com algum parecer favorável do consulado (leia-se Exames Médicos).

7 de setembro de 2010

E o mundo continua girando...




Durante a espera do Federal, não existem muitas coisas que possamos fazer para acelerar esse processo. Após o envio do dossiê devemos esperar o funcionário do consulado verificar se as informações que fornecemos são verdadeiras. Embora o processo provincial (Québec) faça a mesma coisa, o processo federal é mais demorado.

Esse ano algumas pessoas estão demorando relativamente mais tempo do que antigamente por alguma razão que não entendemos. Existem pessoas que estão desde o ano passado "Dezembro de 2009", esperando algum contato do consulado. Essa ausência total de informação acaba as deixando completamente frustradas (não me incluí nessa frase por não achar certo nem cogitar a possibilidade de colocar minha aflição no mesmo patamar dos "Dezembrinos").

Acompanho as comunidades do Orkut e a comunidade Brasil-Québec e vejo quão nervosa está sendo essa espera. E mesmo que algumas pessoas digam "seria melhor aproveitar esse tempo pra fazer isso ou aquilo", essa época de viver aqui pensando lá, tira todas as forças das pesquisas. Quando converso com pessoas que estão nesse processo nunca sei o que dizer realmente... Espero que quando a nova rodada de entrevista começar, acelerem um pouco o federal para as pessoas que já estão no aguardo, como se estivessem "limpando o caminho", sabe?

De qualquer forma, como eu ainda estou no comecinho do processo, vou colocando aqui as pesquisas que ando fazendo para os primeiros dias, semanas após chegada no Canadá.
Na brochura Bienvenue au Canadá existe uma lista de passos importantes para ajudar:

Nas primeiras semanas:

  • Trocar o dinheiro por dólar Canadense
  • Achar uma moradia temporária
  • Obter algum tipo de identidade
  • Se inscrever em um seguro saúde privado
  • Obter um mapa da região e se informar sobre os meios de transporte oferecidos
  • Obter uma lista telefônica
  • Entrar em contato com as organizações de apoio aos imigrantes

  • Preencher os formulários para obter o NAS (numéro d'assurance sociale) e o cartão da Assurance Maladie




Nos primeiros meses:

  • Achar uma moradia permanente
  • Instalar telefone na sua residência
  • Inscrever seus filhos na escola
  • Achar um médico de família
  • Vacinar seus filhos
  • Abrir uma conta em um banco
  • Buscar um emprego
  • Anotar e conservar consigo seu endereço e número de telefone
  • Tentar fazer amigos – Aderir à um programa de "boas-vindas"
  • Se informar sobre o endereço onde se encontra o centro de cursos de língua para os imigrantes do Canadá (CLIC) da sua região e se inscrever.
  • Pedir a prestação fiscal Canadense para crianças ligando para 1-800-387-1194

  • Pedir o crédito para a TPS/TVH/TVQ (taxa sobre produtos e serviços/ taxa de venda / taxa de venda Québec), ligue 1-800-959-1954 para mais informações


Durante o primeiro ano

  • Obter carteira de motorista
  • Melhorar o conhecimento da língua
  • Se inscrever nos cursos de educação permanente (curso para adultos)
  • Guardar um tempo para você mesmo e participar de atividades comunitárias.
  • Aprender seus direitos e deveres nas leis canadenses
  • Se informar sobre seu direito de pedir cidadania canadense depois de 3 anos de residência no Canadá.

2 de agosto de 2010

Meu nome no E-CAS

Essa é uma pequena atualização, sem grandes significados para o processo (tirando o fato óbvio de que agora temos consciência de que o processo está mesmo seguindo em frente).


Para quem não sabe eu explico: Após mandar os documentos para a abertura do processo federal, o requerente recebe uma carta com a confirmação do recebimento, confirmação do pagamento e o número do seu registro como imigrante.Com esse número o requerente pode entrar nesse site https://services3.cic.gc.ca/ecas/ Chamado de E-CAS (Eletronic Client Application Status), para ver o status da demanda.

Nós ainda não recebemos a carta informando o recebimento da documentação, porém por um acaso do destino (e da minha boca grande) eu já possuo o meu número do registro como imigrante.

Com esse número entrei no e-cas, e lá estava meu nome, seguido de um link falando que meu pedido estava “in process”.

Na sexta feira resolvi entrar novamente e lá estava meu endereço também.



Antigamente (nos outros blogs que acompanho), as pessoas ficavam felizes quando o endereço aparecia porque após tantos meses sem notícias do consulado, essa era alguma informação de que sua demanda estava sendo processada e que além disso os pedidos de exames médicos estavam sendo enviados.

Porém nem por reza brava eu acredito que meus exames médicos estão chegando por eu ter 1 mês de processo uwauwauwuawuaw, seria O record .

Bem, isso mostra uma mudança no consulado, se é boa, se é ruim não sei, mas para mim é muito significativa.

Abraço povo,

20 de julho de 2010

Novidades e correrias




Desculpem a falta de atualizações aqui, mas é que aconteceram muitas coisas e ao mesmo tempo quase nenhuma. Já explico: Estamos no processo federal agora, o tão famoso processo do "esperar, esperar, esperar" e ter fé. Essa parte do processo não cabe tanto à nossa responsabilidade de preparar documentos como na primeira parte do Québec.

Na parte do processo Québec, além do envio dos documentos, se exigia a preparação do projeto de pesquisa para que pudéssemos falar com propriedade durante a entrevista, não esquecendo também do aprendizado da língua francesa.

Agora na parte Federal a documentação exigiu um pouco mais de atenção por ser mais complexa, porém após isso precisamos somente esperar, esperar e esperar um pedido de exame médico que pode demorar 6 meses ou mais.


Todavia não é por isso que vamos ficar sentados de braços cruzados esses meses todos, né?

O Marcos está fazendo a Pós-graduação/Especialização dele, para poder ir se afinando em alguns temas específicos para quando chegar ao Québec. É muito necessário, ainda mais em uma área tão importante quanto à dele. Então ele está correndo com as aulas, os trabalhos de conclusão e diversas outras coisas(equivalência), além do trabalho.
Eu por outro lado poderia estar também fazendo algum tipo de pós, porém resolvi dar um gás no meu francês. Neste mês de Julho eu estou fazendo um intensivão na aliança francesa, que compõem aulas de segunda à quinta das 18h40 às 22h. E não pensem que as aulas são mais light porque estamos todos os dias lá e as pessoas trabalham e não tem tempo e bla bla bla. Que nada, todos os dias temos várias lições de casa pra fazer e livros pra ler @___@ G-zuix.
E se não fosse suficiente, minha Francisation en ligne começou.

Deixe-me explicar um pouquinho dela: quando fiz a prova pra saber em qual nível ficaria, caiu para eu começar do bloco 3 (são ao todo 5 blocos – dúvidas leia o outro post aqui), porém eu fiquei muito chateado. Como assim começar do meio? E as informações valiosíssimas dos primeiros blocos? Por isso mandei um e-mail pedindo para começar do Bloco 1, explicando que não me sentia seguro e bla bla bla.
Logo recebi uma resposta falando sobre a mudança e do começo do curso com meu Tuteur. E digo que fico feliz por ter começado daí, são muitas informações importantes, e eles pegam no pé na gramática, mesmo sendo o bloco 1. Gostei.
Pra vocês terem uma idéia, em um dos exercícios que entregamos ao tuteur, era para fingirmos que estávamos ligando para um dos personagens da história e deixarmos uma mensagem na secretária eletrônica falando alguns tópicos que foram passados. Eu estava no meio de uma correria e gravei meio na pressa (sim, é pra enviar um áudio). A correção do professor foi excelente, ele destrinchou minha mensagem falando de todos os pontos, todas as coisas que eu poderia ter feito e etc. O que eu quero dizer é que, não é porque é o Bloco 1 que ele não pega no pé por preciosismo da língua.

Além dessas coisas existe a Classe Virtuelle, que me fazem faltar na aula de francês da Aliança pra estar presente. Nessa sala de aula virtual debatemos os temas estudados e aprofundamos alguns pontos, além de pegar dicas. Como estou ainda no começo, eu fico com receio de ficar debatendo assuntos com outros alunos e que tudo se transforme em uma grande confusão. Porém uma coisa eu digo, a parte boa de termos alunos de diversas nacionalidades misturados é que a única língua em comum para conversarmos é o francês.


Bem, acho que meu francês está melhorando bastante, o que é muito válido. Quero estar com ele na ponta da língua, para que o único problema seja o sotaque e as palavras próprias do francês québecoise, não do francês como um todo.



Bem, prometo escrever mais vezes.

Até pessoas.

25 de junho de 2010

Equivalência do Diploma de Enfermagem – A Odisséia




Para aqueles que gostaram do poema épico de Homero, certamente o título deste post parecerá exagerado. Mas, a similaridade às vezes soa bastante real, quando se investiga a fundo o processo de equivalência para os enfermeiros em Québec.


O relato aqui descrito não tem pretensão de servir de base aos colegas de profissão que estejam ou pretendam imigrar; tem mais a intenção de incentivar buscas mais minuciosas.


Bom, vamos lá. A profissão de enfermagem em nível superior (bacharelado) tem processo de equivalência diferente em cada província canadense.

Há dois órgãos que efetivam a equivalência: OIIQ (Ordem das Enfermeiras e Enfermeiros do Quebec) e MICC. A OIIQ faz a avaliação do seu histórico, qualificando sua formação e a partir dessa análise informando quanto tempo e quais cursos você fará para obter equivalência do diploma e autorização para trabalhar. Já explico melhor. O MICC faz o reconhecimento do seu diploma (verificar se é de instituição de ensino credenciada no Brasil no nível de bacharel).

Todo o processo se inicia com a solicitação de documentos para a OIIQ, que enviam por correio cerca de 3 semanas depois.

Os formulários a serem preenchidos e suas características:

  1. Formulaire Demande d´évaluation comparatives dês etudes effectuées hors Du Québec et de reconnaissance d´équivalence à l´Ordre dês infirmières ET infermiers Du Québec (OIIQ) : trata-se de um formulário de identificação pessoal e deve ser preenchido pelo enfermeiro solicitante.
  2. Formulaire Le Dossier disciplinaire, judiciare et pénal: declaração preenchida pelo solicitante de não antecedentes judiciais.
  3. Formulaire Attestation Du programme d´études en soins infirmiers: preenchido pela FACULDADE onde cursou a graduação. Ele deve ser enviado diretamente pela faculdade á OIIQ. Problemas: aqui em São Paulo, a USP e UNIFESP não preenchem qualquer documentação em língua estrangeira, logo temos que levar uma tradução juramentada para estas faculdades, que é o meu singelo caso...
  4. Formulaire Attestation d´enregistrement: preenchido e enviado pelo nosso Conselho de Enfermagem, o meu COREN-SP
  5. Formulaire Attestation d´expérience professionnelle: deve ser preenchido e enviado pelo EMPREGADOR. Podem ser descritos os empregos até os últimos quatro anos anteriores à solicitação de equivalência.
  6. Formulaire Paiement dês frais de traitement de dossier: pagamento da taxa de avaliação, no valor atual de CAD 627,61 em cartão de crédito.

Devido ao tempo de processamento do dossiê, estimado em 4 a 12 meses é muito melhor iniciar o processo de equivalência ainda aqui do Brasil, especialmente pela eventual necessidade de reenviar alguma documentação solicitada. Ah, é claro que todos esses formulários seguem com cópias originais e traduções juramentadas para a OIIQ, o que encarece mais ainda o processo de equivalência.


Estando no Québec, uma vez o MICC reconhecendo meu diploma e a OIIQ validando meus estudos já posso trabalhar? NÃO
Após essa etapa de análise é obrigatório a realização de um curso de equivalência de 6 meses (4 meses de teoria e 2 meses de prática) a serem realizados em CEGEPs da cidade onde esteja morando. Esse curso pode ser de até 12 meses se a OIIQ julgar que o candidato precise de matérias e conteúdos específicos que não teve ou de forma insuficiente na graduação brasileira. Dos relatos que li em Blogs e comunidades específicas de enfermeiros, a formação brasileira é bem vista quando comparada a de outros imigrantes.

O aluno pode receber uma bolsa de estudos no período do curso (Emploi-Québec ou Prêt et Bourse), pois a maioria não consegue fazer mais nada nos horários livres porque o curso é muito puxado, com aulas das 08 às 18 horas, de segunda a sexta.

Ao término do curso (e se aprovado, é claro), o enfermeiro recebe o título de CEPI (Candidato ao Exercício da Profissão de Enfermagem), que na prática é como um enfermeiro Júnior aqui do Brasil, que tem algumas restrições de atuação, como por exemplo não trabalha em APH (atendimento pré-hospitalar, o bom popular "resgate" ou SAMU). Da posse desse título já se pode trabalhar normalmente e tem-se prazo de dois anos para fazer prova de inscrição para exame da Ordem para obtenção de título de enfermeiro.

Vale a pena pensar em pontos positivos para estimular o preenchimento dessa tonelada de burocracia, como o bom mercado de trabalho para enfermeiros, com ótimas opções para todos as áreas de atuação intra e extrahospitalar.

Ah, só para não confundir. Esse passo a passo e tempo de curso referem-se a um candidato com um nível de francês intermediário. Caso precise fazer francisação, o candidato poderá demorar até um e meio para começar a trabalhar na área como CEPI, pois há um nível mínimo de francês que é exigido (após provas e avaliações específicas) para a realização do curso de equivalência. Portanto, colegas de área, comecem a juntar todo o dinheiro possível... Para os que vão imigrar em casal, como é meu caso, ainda pode-se contar com apoio do cônjuge para diminuir peso dos gastos mensais. Sim, Jhon, foi uma indireta, viu? rs...

Mais informações: OIIQ, MICC, comunidade Enf no Canadá (Orkut),
AFE (bolsas)

Só para contar minha experiência: vou tentar enviar a papelada em agosto, em função de planejamento dos (muitos) gastos com tradução e taxas.

Abração a todos.

Marcos

17 de junho de 2010

Francisation en ligne








Quando eu estava nas pesquisas antes de enviar meu dossiê, durante o tempo interminável do estudo do francês, eu lia alguns lugares falando sobre a tal Francisation en ligne. Explico: após conseguir o CSQ, você tem o direito de fazer um curso de Francês on line gratuito do governo de Québec.
Isso sempre atiçou minha curiosidade. Queria saber como era, o que tinha, o que não tinha...tudo! Porém as pessoas só colocavam "estou fazendo..." ou "é muito interessante" e coisas assim, nenhuma (que eu tenha lido) colocou realmente como é o tal negócio.

Após passar na entrevista mês passado, fui informado que precisava esperar 2 meses para entrar no tal curso. Quem me conhece sabe que ao ler essa informação eu entendi "vai tentando que uma 2 meses é data limite, quem sabe não está liberado em 2 horas?". Como minha entrevista foi na sexta, esperei até o próximo dia útil e já tentei fazer minha inscrição. Recebi a mensagem (por email) de que não possuía CSQ válido ainda. Muito à contragosto resolvi esperar.



Não recomendo que sejam apressados como eu porque, após essa primeira tentativa, o seu número de CSQ está gravado e não deixará mais você "fazer uma inscrição nova". Você terá que mandar um email para o pessoal que cuida da Francisation en ligne no Québec, pedindo para reavaliarem sua inscrição. Enfim, trabalhão chato, pois embora seja um curso pra aprender francês, o email tem que ser em francês rss.

Fiz isso tudo e tive minha liberação para utilizar o curso.



Antes de continuar, deixe-me só explicar algumas coisas: Diferente do que informei acima, o curso de Francisação online, NÃO é voltado para quem não sabe francês. Como dito anteriormente o curso é oferecido após a entrevista, quando você já "provou" que possui conhecimentos intermediários, sabe compreender o contexto dos textos, conversas e vídeos, sabe também se expressar com sentenças curtas e coordenadas. Então não vai achando que terá aula sobre passée composée aqui.



Mas como é esse curso? O curso não é pra te trazer problemas, muito pelo contrário, então existem 2 tipos de metodologias: a padrão (que falarei mais depois) e a Autoformação – voltada para as pessoas que não tem tempo e por isso poderão entrar no curso e estudar, fazer os exercícios e os testes quando tiver oportunidade.



A metodologia padrão envolve:

  • Autoformação (trabalho individual) contando 60% do curso;
  • Um pequeno grupo sem horário fixo nos fóruns ou seguindo um horário fixo nos chats (25% do curso);
  • Em sala de aula virtual com um tutor segundo um horário fixo dito por ele.


Quando você entra no curso a primeira vez, você faz um teste de nível que te dirá seu nível de francês e de qual bloco você iniciará.



Blocos? Sim, o curso é dividido em 4 blocos e cada bloco contendo 4 módulos. Assim como a Francisation presencial não é só um curso de francês, mas uma total imersão à cultura Québequense, esse curso online também te apresentará características e valores da cultura Quebeca te auxiliando nas tarefas da imigração.

Bloc 1
Bloc 2
Módulo 1 – Le logement

Módulo 2 – L'éducation

Módulo 3 – L'emploi

Módulo 4 – Le tourisme et les loisirs
Módulo 5 – Les services publics et la santé

Módulo 6 – Les médias et La culture

Módulo 7 – La consommation et les affaires

Módulo 8 – La vie démocratique au Québec
Bloc 3
Bloc 4
Módulo 9 – Le logement

Módulo 10 – L'éducation

Módulo 11 – L'emploi

Módulo 12 – Le tourisme et les loisirs
Módulo 13 – Les services publics et la santé

Módulo 14 – Les médias et La culture

Módulo 15 – La consommation et les affaires

Módulo 16 – La vie démocratique au Québec




Embora pareçam repetidos os módulos, os temas contidos em cada um é bem variado. Como cada Bloco equivale à 1 nível da proficiência da língua francesa, os blocos 3 e 4 possuem assuntos mais complexos e profundos que os vistos no bloco 1 e 2.



O tutor corrigirá as produções orais e escritas que você fará durante o curso, e mediará os fóruns.



Além dessas coisas o curso ainda possui:

  1. Banco de exercícios;
  2. Fichas gramaticais;
  3. Glossário;
  4. Dicionário;

  5. Conjugador.


Quanto ao banco de exercícios, não é preciso fazer parte da FEL para ter acesso à ele. Aqui nesse link, existe todo o banco de exercícios para ajudar no estudo.



Agora, qual a desculpa pra não estudar?


















 

15 de junho de 2010

Há muito tempo que te amo...


Não costumo assistir filmes Quebequenses, se me recordo direito o último foi o J'ai tué ma mére
que não é um filme que eu recomende. Talvez possa não ter entendido direito, mas achei o filme um pouco perdido. Só que também não sou muito fã dos filmes Franceses ( por outro lado o Marcos adora), acho que os filmes terminam sem fim, embora entenda que diferente dos filmes "americanos" que possuem aquela irreal evolução do personagem que inevitavelmente aprende alguma coisa com o decorrer do filme (bem surreal), os filmes franceses são uma "amostra" da vida dos personagens que podem, assim como o mundo real, não aprender ou o aprendizado ser meramente subjetivo e não tão pragmático.




Olha, falei tudo isso para dizer que, por todos esses motivos, para eu recomendar algum filme francês ele teria que satisfazer diferentes exigências muitas vezes irreais. rss Porém hoje vou falar de um filme que eu gostei bastante, mesmo não sendo novo.

O filme se chama Il y a longtemps que je t'aime, filme francês que conta a história de uma mulher saída do presídio que vai morar com a família da irmã. O crime e o motivo do crime são mistérios que permeiam o filme todo, desencadeando problemas para a protagonista. Mas o legal do filme é que ele fala fortemente sobre o sentimento de estar preso, enclausurado, não só pelas paredes de um presídio. As personagens interagem e transmitem o sentimento de solidão e enclausura mesmo estando em ambientes abertos ou no meio de entes queridos.
Tem a personagem principal Juliette que, por diversos motivos, está presa, não pelos muros do presídio que se encontrava, mas pelos traumas da vida e do crime que cometeu. Mesmo após sair da prisão ela continua presa, presa pelo passado, presa pela culpa, e pior, presa por saber que não existiria ninguém que pudesse lhe ajudar. Enquanto estava no presídio ela era chamada de "ausente" por estar presa dentro do trauma e não pela muralha de concreto.
Tem a mãe, presa na casa de repouso, presa pela doença, presa pelo passado que também lhe cobra pagamento. Por isso que a única pessoa que ela se lembra é a própria Juliette, quem ela tentou esquecer.
Tem a irmã, que está presa em arrependimentos, condenada a andar em círculos não querendo pensar na possibilidade de Juliette ser uma criminosa cruel e calculista. E por isso, prefere não ouvir outros falarem da possível não transformação do criminoso quando sai do presídio. É muito forte a cena em que ela mostra que apesar da tentativa de todos, ela não quis esquecer a irmã, escrevendo toda manhã o nome "Juliette" em seu diário, demonstrando que ela ainda está presa no trauma que isso lhe causou.
Tem o policial, preso nas angustias da vida, que assim que conhece Juliette tenta conversar e arranjar um ouvinte para seus problemas. Ele vê na viagem para o rio Oritoco (acho que era esse o nome), como a libertação dos problemas e traumas. Mesmo assim ele ainda faz o último pedido de socorro perguntando para Juliette algo que ela interpretou como uma possível cantada e ignorou. Muito provavelmente era uma cantada rs, mas a tentativa de dar um sentido pra vida com o amor é válida quando estamos presos em um cubículo sem saída.
Temos o professor, também preso. Mas preso em um passado que não deu certo, preso pelos muros do presídio em que trabalhou, na constatação de que não é tão diferente dos criminosos, fazendo-o inclusive abandonar a mulher que amava.
As personagens interagem traçando linhas limítrofes de segurança, sinalizando pedidos de ajuda que são ignorados pela personagem principal que enquanto não verbaliza seu pecado não consegue deixar de ser a "Juliette Ausente".

É um filme que mais uma vez anda por terreno depressivo, pois a falta de saídas dos problemas vivida pelos personagens é uma grande característica da depressão. Juliette somente consegue dar um passo para a liberdade após ver a morte na sua frente.
Porém isso tudo não deixa o filme ficar denso, o que me faz recomendar todos que queiram relaxar em uma tarde contemplativa.



AH! E o título do filme, embora tenha seus significados dentro do filme, é também título da música tema que é uma das músicas tema do Québec e da Nouvelle France.



 

3 de junho de 2010

Palestra informativa – Canadá : Québec




Visitando o blog Merci Québec fiquei sabendo sobre a palestra "Canadá: um país, duas nações" que a Catherine Potvin, dona da École Québec ministrou em Março. Para ouvir Clique Aqui.

Durante a palestra ela fala sobre a história do Canadá, a famosa "Revolução Tranquila" e o porque do Québec ser tão contra a influência religiosa (embora respeite a religião de cada um) criando os famosos "palavrões religiosos". Ela explica porque ela está aqui no Brasil mesmo sendo Quebequense e fala sobre alguns alunos que imigraram e estão felizes por lá.

Enfim, recomendo esse áudio, muito importante para quem pensa em imigrar.

Abraços.

28 de maio de 2010

2ª entrevista - OK








PASSEI NA ENTREVISTAAAA!!!!! Foi tudo muito bom, embora tenha demorado demais..

Vou contar abaixo como foi:


A minha entrevista estava marcada para às 15h30min, porém eu cheguei às 14h. Não conseguia mais ficar em casa esperando ficar mais próximo.

Havia uma garota esperando para ser entrevistada e fomos avisados pela secretaria que a primeira entrevista tinha demorado pra começar e que por isso as subseqüentes se atrasariam também.

Depois de um tempo o casal que estava sendo entrevistado saiu e a
Mme Marlène Charron-Geadah veio chamar a garota das 14h30. Após alguns minutos (foi uma entrevista rápida) a porta se abriu de novo e a garota saiu muito feliz. A Mme Marlène Charron-Geadah pediu para que eu aguardasse um instante e quando voltou já me acompanhou até a sala.
Ela perguntou quando e onde eu tinha estudado francês e qual meu nível. Após minha resposta ela disse que ia começar a entrevista que avaliaria as informações do meu dossiê., inclusive se meu francês era como eu tinha falado, porém ela falaria rápido e se eu não entendesse algo era só pedir para repetir.
Pediu meu passaporte e perguntou sobre a minha viagem ao Canadá, querendo saber o que me surpreendeu mais e que citasse exemplos, fazendo paralelismos com a vida em São Paulo.
Após viu minha profissão e pediu meu diploma, carteira de trabalho e holerith. Perguntou se eu tinha pesquisado sobre o mercado de trabalho e qual empresa tinha chamado mais minha atenção.
Perguntou então quanto ganhava um analista por lá, se era melhor que aqui. Por isso ela já emendou uma pergunta sobre o custo de vida de lá, e quais foram minhas pesquisas sobre o assunto. Tirei da manga minha planilha de custos e entreguei, porém ela disse que como tinha pesquisado várias cidades, tinha que ter planilha das outras por serem custos diferentes. Ela perguntou meus hobbies e se praticava esportes. Quando falei que só ia em teatro e cinema, ela disse que eu era muito chato rssss
Perguntou se eu tinha procurado apartamento e debatemos um pouco sobre preços de aluguéis e o resto dos valores da minha planilha.
Após isso ela perguntou desde quando eu queria imigrar, e já juntou a pergunta: "Pq Québec?"
Nessa pergunta ela pediu de novo que fizesse um paralelo com São Paulo.
Conversamos um pouco sobre as impessões dela de São Paulo (nesse momento ela mudou pro inglês), onde ela disse que achava que a sociedade brasileira era menos conservadora do que realmente é. Conversamos ainda em inglês sobre o que eu faria hoje se passasse. Eu disse que hoje é o dia da pizza em casa, o que ela disse ser um jeito horrível de comemorar rss
Aí ela imprimiu o CSQ e as informações do federal, disse que meu francês era ótimo, que entendi tudo sem pedir pra repetir e meu inglês também era bom. Explicou sobre a francisação em ligne e me deu as instruções de como pegar o appendre Québec online. Disse que ainda achava um meio horrível de comemorar, mas me desejou uma ótima pizza.
Eu sou incrivelmente falante então provavelmente por isso minha entrevista demorou mais do que o normal (50 minutos), além do fato de eu ser o último entrevistado do dia.

Estou muito feliz e agradeço TODOS os pensamentos positivos. Tudo foi muito importante ao me manter calmo durante o processo. Quem vai fazer a entrevista agora, recomendo calma. Mme Marlène Charron-Geadah é muito simpática, calma e te deixa muito tranqüilo para responder o que quiser, no seu tempo. Ela talvez não olhe seu projeto, só queria saber se você pesquisou sobre, o que pode ser frustrante pra quem acha que o projeto é só para mostrar na entrevista (já entrei nesse tema anteriormente), mas se você percebe que ela só está verificando se você está no caminho certo, então dá até um certo orgulho dela não precisar ler folha por folha. 




Bem, é isso, deixa eu terminar minha pizza. Rsss

26 de maio de 2010

Relato da Entrevista

Não tinha idéia de como eu estaria neste dia de entrevista. Algumas palavras eram perturbadoramente corriqueiras: medo, apreensão, ansiedade... E tive de tudo um pouco neste últimos dias, mas fui motivado pela energia positiva dos amigos e família e do meu amorzão.
A eles meu agradecimento perene.

Bom, mas deixa eu iniciar o relato propriamente dito. Minha entrevista estava marcada para as 10h e cheguei 20 minutos antes (moro perto e conheço umas boas padarias pra tomar um café-espanta-ansiedade). Na sala de espera um casal do RJ aguardava (não me lembro o nome deles, não sou bom pra nomes...)

As 10h em ponto Mme Marlène Charron-Geadah me chama...
Ela me explica que a entrevista será em francês e com o obejtivo de esclarecer pontos do dossiê. Ela se mostra muito atenciosa e simpática. Seu comportamento e gestual lembra a de um técnico eficiente, pois faz perguntas curtas e diretas, mas se surgissem dúvidas ela repetia de um outro modo.

No meu caso ela fez o seguinte roteiro:
-Pediu passaporte e verificou que viajei em fev/2010 pra lá. Quis saber quais cidades conheci, o que mais gostei e o que achei diferente do Brasil. Perguntou o que achava que as pessoas tem de diferente lá em relação aos brasileiros e os pontos negativos que percebi nesses dias de visita. Respondi que fiquei poucos dias, mas que a cordialidade é o que mais me chamou a atenção nos quebequenses. Em relação a pontos negativos comentei acerca do primeiro contato com o vento frio do inverno, mas que era suportável com roupa adequada, etc...
- Confirmou dados pessoais: endereço e estado civil.
- Escolaridade: investigou tempo de formação (diplomas) e especializações. Perguntou sobre equivalência de diploma para atuar no Québec (mostrei todos os formulários que já recebi da OIIQ - Ordem dos Enfermeiros de Québec). Ela me perguntou se já conhecia alguém que passou por essa adaptação de diploma. Comentei que acompanho blogs de enfermeiras no Canadá que já fizeram todo o processo e hoje trabalham. Em seguida, perguntou se eu havia pesquisaso sobre mercado de trabalho de enfermagem. Nem pediu para ver as pesquisas que realizei (mas tava tudo ali a postos na pasta!)
-Perguntou DO QUE eu sentiria mais falta estando em Québec. Pensei no mais óbvio: do contato mais fácil com meus amigos e família, mas que a internet e telefone ajudariam a manter os laços vivos.
-Experiências profissionais: pediu, analisou e questionou detalhes de CADA experiência de trabalho listadas no dossiê. Como eu havia colocado duas experiências que não constam na Carteira de Trabalho, tive que explicar bem direitinho, mas tudo numa linguagem simples e direta.
- Perguntou em qual cidade pretendia morar. Respondi que inicialmente em Montréal, por facilitar a integração etc...

A cada duas ou três perguntas ela virava-se pro computador e digitava algumas informações. Do nada, ela vira-se e começa a falar comigo em inglês, perguntando em qual nível ele está, se fiz curso específico de lingua inglesa e se utilizo inglês no meu trabalho... Tive que ficar bivolt nessa hora...

Depois dessa pergunta ela digita mais algumas informações e vejo as folhinhas sendo impressas... OBA!!! Consegui.
Ela me entrega o CSQ e explica sobre o processo federal. Fiquei tão emocionado que não prestei atenção em mais nada desde que as folhas foram impressas...

Então, em resumo: comigo ela fez uma avaliação estritamente técnica da formação em enfermagem e das experiências professionais. Ela não solicitou minha planilha financeira, mas a cada contrato de trabalho que apresentei (até os não-CLT) ela fez umas continhas na calculadora. Em relação ao último emprego anexei o informe de rendimentos do ano-base 2009. Ela nem precisou fazer contas. hehe.

No saldo de minha experiência ficou uma ótima impressão de Mme Charron, pelo modo calmo que conduziu a entrevista. E no mais, só alegria...

E agora, é a vez de acalmar a ansiedade do Jônatas...

Bjão e abraços a todos os leitores.

Ps. Sobrevivi à primeira incursão ao mundo dos blogs... quem diria...

1ª Entrevista – OK!








Eu estou em uma correria só, mas vim aqui só pra dizer que o Marcos PASSOU NA ENTREVISTA!!!!

Hoje ele fez a entrevista com a Mme Marlène Charron-Geadah e passou. Ele vai escrever o relato dele e depois eu coloco aqui (nem que eu tenha que ameaçá-lo), ok?

Enquanto isso fico aqui roendo as unhas e esperando a minha entrevista.... ai ai ai.

5 de maio de 2010

Enquanto a entrevista não chega...


Conforme o tempo passa, vai ficando mais perto o dia da nossa entrevista. Para aliviar um pouco essa tensão toda, vou tentando adiantar a documentação da parte Federal que também tem inúmeras tarefas que dependem da gente.
O tempo que vai desde a abertura do processo Federal até o recebimento do visto dura, em média, 7 meses. Dizem que esse ano as coisas serão mais rápidas para tentar agilizar a entrada dos imigrantes no mercado de trabalho e suprimir a demanda que será maior com a saída dos "Baby-boomers".

Bom, resumindo um pouco, o necessário para dar entrada no federal é:


  • Atestado de Antecedentes Criminais
  • CSQ
  • Cópias Autenticadas de Documentos
  • Formulário IMM0008
  • Formulário IMM0008 Annexe 1
  • Formulário IMM0008 Annexe 5
  • Formulário IMM5406
  • Formulário IMM5476
  • Fotos
  • Pagamento de Taxas
Não pretendo ser fonte fidedigna das informações que colocarei abaixo por entender que podem haver erros, porém através das minhas pesquisas vi tantas dúvidas e tantas respostas conflitantes que só nas fontes oficiais pude achar e dar um corte que, eu julgo, ser mais correto. Mas chega de Bla-bla-bla e vamos aos fatos:

Atestado de antecedentes criminais: O Canadá precisa saber se você tem algum antecedente criminal registrado em cada País/estado que passou (o requerente principal e acompanhantes maiores de 18 anos). No Brasil, você precisa ter um atestado da Secretaria de Segurança Pública e outra da Justiça Federal de cada estado. Aqui em São Paulo você consegue essas informações pela internet nestes endereços : http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/atestado.aspx e http://www.jfsp.jus.br/certidoes-emissaoonline/ .

É necessária também uma certidão emitida pela Polícia Federal, e neste caso é um pouco mais complicado, pois precisa preencher este formulário e entregar na polícia federal com uma cópia simples do RG. Após 15 dias úteis ele ficará pronto.



CSQ: Lembre que uma das vias deve ficar com você. Como não tenho CSQ ainda não posso dizer ao certo qual, mas uma deve ficar com você para quando pisar em solo Canadense. Acredito que isso esteja bem explicado no documento.



Cópias Autenticadas de Documentos: Alguns documento do Requerente principal e do Cônjuge deve ser anexados:

  • Certidão de nascimento;
  • Certidão de casamento entre o requerente principal e o cônjuge bem como quaisquer certidões de divórcio, separação ou anulação de casamento;
  • Certidão de óbito, caso um dos dois seja ou tenha sido viúvo;
  • RNE (registro nacional de estrangeiros) para estrangeiros vivendo no Brasil.
  • Passaporte ou outro documento de viagem. É necessário apenas tirar cópia das folhas contendo as seguintes informações: nome, data e local de nascimento, foto, número, data de emissão e data de expiração. No caso de estrangeiros, é necessário incluir também a página com o visto para o Brasil.

Caso o requerente principal ou o cônjuge tenha filhos, os seguinte documentos podem ser necessários:

  • Certidão de nascimento dos filhos e enteados;
  • Documentos de adoção para filhos adotados pelo requerente principal e/ou pelo cônjuge;
  • Caso o requerente principal ou o cônjuge tenha a guarda de uma criança menor de 18 anos (seja ela seu filho ou não), documentos provando a guarda da criança e autorização da justiça para viajar com a criança;
  • Caso o requerente principal ou o cônjuge tenham filhos que não os acompanharão na viagem, uma declaração da justiça provando que não há pendências quanto às obrigações em relação à esses filhos;
  • Passaportes para todos os filhos e enteados que acompanharam o requerente principal, utilizando as mesmas regras para o passaporte deste e do seu cônjuge;

  • Para filhos e enteados maiores de 21 anos e que sejam dependentes (e que vão acompanhar o requerente principal), são necessários os seguintes documentos: boletins de notas à partir dos 21 anos, uma declaração de cada estabelecimento de ensino freqüentado, contendo a quantidade de horas de aula por dia e a quantidade de dias de aula por semana e comprovante de que o requerente principal e/ou o cônjuge sustenta financeiramente o filho ou enteado.


Caso você e/ou seu cônjuge tenha parentes morando no Canadá legalmente, será necessário anexar os seguintes documentos:

  • Cópia simples das páginas de informação do passaporte ou da "carte de citoyenneté canadienne";

  • Cópia simples da "carte de résident permanent", do visto de residente permanente ou do visto de imigrante.


Os Formulários abaixo ainda não foram preenchidos por mim, então acrescentarei o passo-a-passo de cada um depois.

Formulário IMM0008 : Somente o requerente principal preencherá esse questionário.

Formulário IMM0008 Annexe 1 – O requerente principal, o cônjuge e todo os filhos e enteados maiores de 18 anos estejam eles acompanhando ou não vocês na viagem.

Formulário IM0008 Annexe 5:- esse formulário deve ser preenchido pelo requerente e é uma declaração da intenção de residir no Québec.O governo federal efetua mudanças orçamentárias sobre o número de imigrantes, além disso você está passando por etapas federais de maneira especial por ter sido aceito por Québec, nenhum problema eles fazerem essa pergunta. Porém, não existe implicação nenhuma se você quiser mudar a província que deseja morar após chegar ao Canadá. Lembrando, seu visto é Canadense, não Québécois.

Formulário IMM5406 – Esse formulário é de informações especiais sobre a família e deve ser preenchido por todos.

Formulário IMM5476 – Esse formulário é pra quem contratou um agente para preparar esses procedimentos todos.


Fotos: A foto é outra coisa complicada. Coloco a imagem abaixo para vocês compreenderem como quiser as metragens da foto 35mmx45mm. rss. São 6 fotos para cada membro da família indicado no formulário IMM0008( TODOS, mesmo que não te acompanhem), atrás de uma (sim, UMA) foto de cada conjunto deve estar o nome, a data de nascimento e a data em que foi tirada. Esses conjuntos precisam ficar guardados em envelopes separados, e em cada um deve estar escrito o nome da pessoa, a data de nascimento e o parentesco com o requerente principal e deve ser fechado com um clipe de papel.



Taxas:  Para dar entrada no processo federal, é necessário pagar uma taxa de $550,00 para o requerente principal, seu cônjuge e todos os filhos maiores de 21 anos e $150,00 para cada filho com 21 anos ou menos. A conversão para o real deve ser feita usando a taxa de câmbio da própria embaixada, então liguem no telefone (11)5509-4343 para ter a data atualizada. O depósito deve ser feito no HSBC, em nome do Consulado Geral do Canadá, agência 1888, conta corrente 00116-05.

Bem, gente, é isso. Depois posto o passo a passo dos formulários e questões mais importantes pro envio.

















 

18 de abril de 2010




Bem, esse post não vai ser muito longo. É só para informar que o site do MICC mudou completamente. Está mais dinâmico, agradável, com design fluído....diria que ficou mais apresentável.
Enfim, ficou muito mais fácil de procurar informações que antes ficavam escondidas pelo site confuso.
Sim, está completamente diferente do design padrão do site Canadense, porém quem disse que não poderiam inovar?


Novo site do MICC

até

13 de abril de 2010

Acabaram-se as revoluções tranquilas....


Eu havia comentado há alguns posts atrás sobre as mudanças orçamentárias da chamada “Revolução Cultural” do Québec. Dei uma ênfase na saúde, que é a medida que tem levantado maior clamor popular, porém outras medidas também foram impostas para os outros setores. A Pati do blog Patitando fez um ótimo post sobre isso e recomendo que leiam para ficarem inteirados do que está acontecendo.


Fico extremamente preocupado com essas mudanças e não consigo evitar comparações, embora saiba que Brasil-Quebec possuem realidades muito diferentes para serem objetos de amostra. Mas não tem como analisar outra realidade de forma incrivelmente neutra, não é mesmo?

A província do Québec estava em vermelho há muito tempo e era de conhecimento de todos que algumas medidas seriam tomadas, só não sabíamos quais. Achei que os impactos na imigração seriam maiores do que os apresentados, porém isso não tira a gravidade da situação. Talvez a minha irritação seja por achar que antes de tomar tais medidas, a distribuição desse orçamento precisaria ser revista. Como melhorar a saúde injetando mais dinheiro, quando o real problema é a escassez de médicos e enfermeiros? Talvez por isso que desejam adicionar o tal “ticket modulador”, para diminuir o número de pessoas na sala de espera.

As outras províncias também estão no vermelho e também estão com suas próprias mudanças no orçamento. Não é um problema só do Québec...
Antes que alguém pense: não desistimos de imigrar , mas além de precisar fazer todo um novo replanejamento orçamentário nosso, precisamos estar preparados para mais mudanças geográficas depois que já estivermos vivendo em terras geladas, se acharmos que a balança está pesando injustamente contra nossos bolsos...

10 de abril de 2010

Para treinar o Francês....




Existem milhares de podcasts francófonos pela internet, e é uma das várias maneiras de treinar o entendimento da língua e principalmente do sotaque Québécois. Porém com tanta variedade, podemos fazer escolhas mais elaboradas e nos decidirmos pelos podcasts que além da língua francesa nos informam outras coisas também importantes.
Eu, por exemplo, tenho uma pequena lista de podcasts que acho importante acompanhar:

Christiane Charette é um podcast muito interessante que nos informa sobre a sociedade Canadense (principalmente da província do Québec), promovendo debates das mais diversas informações. Diferente de muitos outros podcasts que tentam forçar o uso da língua culta nos debates, esse utiliza o francês mais coloquial misturando expressões em inglês normais do francês Québec. Os debates seguem a linha normal, com pessoas falando juntas, muita confusão e risadas. Interessante para ir treinando como serão as conversas por lá.

Le Courrier Mondial é um podcast da Rádio Canadá Internacional, voltado para todos os países de língua francesa que queiram saber curiosidades canadenses. As emissões são sempre esclarecedoras, tópicos voltados para nos explicar como funciona a estrutura da sociedade canadense. Além disso, os ouvintes podem ligar (por telefone ou Skype), mandar e-mail ou carta e participar do programa com perguntas. Os que participam ao vivo participam também de um Quiz sobre o Canadá. Recomendo, é muito bom! E um bom modo de treinar o Francês é usar o skype para conversar ou deixar recado para eles.

Pomme e Mandarine – As comunidades francófonas possuem tradições e culturas muito diferentes e nesse podcasts a tentativa é fazer uma comparação entre essas culturas e sua integração à sociedade Canadense. Não ouço com tanta freqüência, mas é um podcast interessante e esclarecedor.

Tam Tam Canada – Esse podcast é voltado para os imigrantes e sua integração, as dificuldades, os obstáculos, como o governo está enxergando os imigrantes e as leis voltadas para ou contra eles.

Além desses podcasts, existem programas de TV pela internet com jornais passando notícias importantes e curiosidades. Dentre essas eu gosto de ver:

Kilometre Zero – é um programa de documentários com perguntas que a sociedade Québécois precisa fazer a si própria e analisar os dois lados. O primeiro que eu assisti, para vocês terem idéia, era sobre Eutanásia e Suicídio assistido. O bom desse programa é que eles entrevistam pessoas na rua e cada um com seu sotaque diferenciado das mais diferentes regiões.



Bom com tudo isso só posso dizer uma coisa: 24h é pouco para eu conseguir fazer tudo o que eu gostaria...

4 de abril de 2010

E a saúde, como vai?



No Canadá o sistema de saúde é Público. Ou melhor, "era".... ou será que ainda é?
Explico: No Canadá o sistema de saúde sempre foi público, pago pelo governo sendo um dos exemplos que nosso governo se baseou para criar o SUS. Nesse sistema o governo arca com todas as despesas para suprir as necessidades médicas dos cidadãos. Dessa forma a idéia é dar um sistema de saúde digno para todos os habitantes, sem desigualdade. Logicamente existem controvérsias, existem problemas, nada é perfeito ou agrada á todos. Porém não podemos fazer comparações com o sistema do Brasil e do Canadá,  mesmo as pessoas que moram no Canadá possuem visões diferentes sobre esse assunto e como não posso dar o "meu" parecer não vou entrar nesse mérito.

Porém o governo do Québec divulgou esta semana o orçamento de 2010. Tentando diminuir o déficit nos próximos anos, o governo do Québec mexeu em algumas medidas de políticas públicas que não vinham sendo revistas desde 2000, quando o governo diminuiu os impostos.
Dentre esses pontos revistos está a saúde gratuita (além das universidades e eletricidade).

A tal "medida de contribuição geral para a saúde", será cobrada no pagamento do imposto de renda, sendo CAD$50 para 2010 (pago em 2011), CAD$100 para 2011 (pago em 2012 e CAD$200 para 2012 (pago em 2013).

Só que esse pagamento só será obrigatório para pessoas que possuem rendas dentro da faixa proposta pelo governo. Uma pessoa que mora só e recebe até CAD$14.040,00 por ano e um casal com 1 filho e que tenha rendimento anual de no máximo CAD$28.595,00 estão isentos dessa taxa.

Existem pessoas que reclamem, existem pessoas que digam que tendo esse dinheiro realmente revertido para o povo não teria problema. Porém que isso gerará muita confusão, não tenho dúvida.

30 de março de 2010

Brochuras

Durante as buscas de informações sobre o Québec e suas cidades, encontramos muitas informações de guias online. Como eu trabalho o dia inteiro em frente do monitor, quando chego em casa não desejo ficar lendo "livros" olhando para essa telinha brilhosa.
Poucas pessoas sabem, mas os sites turíticos das respectivas regiões e cidades do Québec possuem, no site, formas de pedir pela internet essas "brochuras" para serem entregues na sua residência à custo 0. Isso mesmo, gratuitamente você recebe na sua casa guias, mapas e etc, tudo em um envelope customizado da província escolhida.
Mesmo que sejam informações turísticas, é uma boa forma de descobrir as atrações das diversas épocas do ano na cidade em que vocês desejam morar.
Como faz tempo que pedi as minhas, tive um pouco de dificuldade em encontrar as brochuras para colocar aqui neste post, mas no site Turístico do Québec http://www.bonjourquebec.com/qc-en/regions0.html existem os links dos respectivos sites turísticos das regiões do Québec

Sherbrooke http://www.tourismesherbrooke.com/en/guideForm.html

Região de Mourice http://www.tourismemauricie.com/recherche/cartes-et-brochures

Ville de Québec http://www.quebecregion.com/fr/documentation?a=vis

Região de Outaouais http://www.tourismeoutaouais.com/form/information_request_f.asp

Laval http://www.tourismelaval.com/en/medias/publications/order-our-brochures

Centre du Québec http://www.tourismecentreduquebec.com/documentation.php?L=en&S=2

Cantons Del Est http://www.cantonsdelest.com/atrce/fr/modules/guide/

26 de março de 2010

Cursos especiais...




Para termos mais segurança para a entrevista resolvemos fazer algumas aulas particulares. Como queríamos experiências com sistemas de ensino diferentes, procuramos fora das unidades da Aliança Francesa valores das aulas particulares ou intensivos.
Na École Saint-Paul encontramos um curso que é voltado para quem já passou das 150h e deseja adquirir mais segurança pra entrevista com simulados, informações importantes e maneiras de explicar da forma mais clara possível seu projeto de pesquisa.

Devo ser sincero com vocês e falar que quando conheci as "instalações" da escola, fiquei um pouco apreensivo. A escola fica em um prédio comercial onde as salas são separadas por divisórias, que me deixaram a impressão de um ambiente confuso. Porém, quando fomos fazer a matrícula, descobrimos que existia uma outra unidade recém-inaugurada que também recebia aulas. Como nada disso atesta contra (ou a favor) das habilidades dos professores da escola, e o valor do curso é 3x MENOR que o da aliança francesa, resolvemos tentar.

Tudo certo, fomos pra aula sábado passado pra começar o curso e ficamos esperando mais de uma hora o professor que não chegou. Nesse meio tempo, ligava para a secretaria e ninguém me atendia.
Na segunda-feira ficamos sabendo que o professor tinha ido pra uma unidade e nós tínhamos ido para outra e cada um ficado esperando o outro por lá.
Como o problema foi a comunicação completamente falha entre a escola e o professor, que não é culpa nossa, exigimos que alguma coisa fosse feita, pois essa aula não seria perdida.
Pronto, nesse sábado agora vamos começar, espero, as aulas. Porém, com um professor substituto, só depois será o nosso professor realmente.

Mas porque estou escrevendo sobre isso? Por dois motivos, o primeiro é pra informar o que estamos fazendo nesse tempo pra nos preparar pra entrevista, e o segundo é porque quando comentei sobre esses problemas com alguns conhecidos meus, ouvi a seguinte frase : "Ah, mas vocês queria o que? É 3x mais barato que a Aliança, não tem que exigir muito.". Esse pensamento me assustou, por ser o modo que muita gente encara essas situações. Muitas empresas agem como se estivessem fazendo um favor para os consumidores/clientes.
Eu não me importo se estou pagando R$2.000,00 ou R$2,00, estou contratando um serviço e exijo que ele seja cumprido. SE o local não consegue ter uma estrutura organizada, pois o valor que ele recebe não permite muito investimento, o problema não é meu, não é?
Infelizmente muitos de nós possuímos atitudes conformistas quando temos nossos direitos pisoteados, porém isso é algo que eu não aceito de jeito nenhum. Se pago algo, exijo receber meu retorno.

Esse conformismo encontrado no nosso dia-a-dia quando temos direitos e benefícios pisoteados, como se reclamar fosse sinônimo de "falta de educação", é algo que não entendo e acredito que nunca vou entender.

Bem, mas deixe-me colocar isso de lado e ir colhendo esses acontecimentos para ter o que explicar durante a entrevista durante a pergunta : "Mas por que você quer sair do Brasil?"....


 

17 de março de 2010

Clarificando conceitos...





Quando estou falando sobre algum assunto, é uma mania minha focar no assunto e na sua conclusão e deixar passar batido possíveis curiosidades que surjam ao largo do assunto principal. Muitas vezes é por esquecimento mesmo, e outras vezes são por achar que os assuntos paralelos são de conhecimento público.
Esses dias estava lendo blogs e comunidades com assuntos relacionados à entrevista agora que as pessoas já possuem data para ficarem especulando, e me surpreendeu muito as discussões sobre as pastas. Li algumas coisas que me fizeram ficar em dúvida se as pessoas entendem, sobre a importância delas, e percebi que eu mesmo tinha deixado de explicar devidamente nos posts passados. Acredito que o próprio nome que está sendo usado agora, ao resumir o "Projeto de Imigração" para "Pastas", faz com que as pessoas ignorem sua importância.
Só pra vocês terem idéia, além da frase clássica : "Não precisa das pastas [sic] pois o entrevistador nem olha", eu vi um rapaz que se oferecia, por um valor X, fazer a "pasta" pra você da forma que "o entrevistador gosta e quer ver" e não pára por aí, tem um mais preocupante ainda, porém não vou colocar aqui por achar tão amoral que me dá vergonha de ver que tentam colocar o "jeitinho brasileiro" em tudo.

Querendo pensar que talvez essa confusão seja causada pela falta de entendimento das pessoas quanto ao sentido do projeto, resolvi explicar um pouquinho e fazer minha parte mesmo não sendo um expert no assunto. 
Quando queremos fazer um processo tão audacioso como imigrar, normalmente as pesquisas e indagações começam muito tempo antes da abertura do dossiê no consulado. Alguns meses e outros anos e nesse tempo você pesquisa sobre o mercado de trabalho referente à sua profissão, cidades que há mais demanda da sua profissão, bairros que possuem atrativos mais próximos aos seus gostos e estilo de vida. Além disso, você também terá uma planilha de gastos e esses gastos têm que ser reais, pois não adianta falar que vai gastar 100$/mês no mercado se quando nas simulações de compra dá muito mais.
Após isso você elenca no seu projeto informações pós chegado no Canadá, onde e quais documentos necessários pra tirar NAS, onde e quais documentos necessários pra Assurance maladie e etc. Se você tem profissão regida por ordem ou qualquer outra informação importante, deve também organizar todas as informações necessárias.

 Essas informações organizadas de forma clara compõem seu "Projeto de Imigração" e é o que deve ser mostrada no dia da entrevista SE O ENTREVISTADOR QUISER. Mas convenhamos que, mesmo se ele não tiver interesse ou tempo de olhar, essas informações são tão úteis e necessárias pra você que não terá problema. Não foi um tempo perdido, entendem?

Durante todo o processo, inclusive no Federal, você continuará buscando informações sobre tudo, logo, não precisa ter o projeto fechado no dia da entrevista, por isso que se no meio do Processo federal você resolver mudar a cidade que havia colocado no envio do Dossiê não tem problema, é compreensível que por motivos diversos suas escolhas mudem.


Ou seja, como o projeto é seu e não do Entrevistador(a) ou do consulado, imagine as informações que serão necessárias pra você e sua integração, por causa disso não tem como fazer um guia passo-a-passo. As pessoas fazem uma demonstração de como distribuir as informações, mas quais informações colocar será seu trabalho....



Bem, espero ter explicado um pouco como eu acredito que isso tudo funciona. Deixe-me ir que tenho que mexer no meu projeto ainda...

15 de março de 2010

Le parler Québécois pour les nuls



Durante a viagem compramos inúmeras coisas e lembracinhas. Dentre as compras mais importantes estão os dicionários que aqui no Brasil são muito caros, mas que lá é extremamente barato (livro em geral) e dentre eles está um livro de gramática que eu nem sabia que existia, pelo menos nunca vi aqui nas livraria brasileiras.
A série pour les nuls (for dummies) é conhecida por explicar os mais diversos assuntos de forma descomplicada. Ultimamente precisamos adquirir a maior quantidade de informação para transformá-la em conhecimento de forma rápida e prática, então existe "Aprenda em 24horas ou em x lições ou até em formato Mangá (gibi japonês)". Se existisse a forma rápida de aquisição de conhecimento como mostrada nos filme Matrix, com certeza já estaríamos utilizando , isso é realmente assustador.


Mas isso tudo não significa que esses livros sejam ruins, muito pelo contrário, só lembro que independente do método, o "aluno" é a variável mais importante da equação e depende dele todo o resultado.
Isto posto, vou voltar para o livro. "Le parler Québécois pour les nuls" é um ótimo livro. O livro possui palavras e explicações culturais para não nos sentirmos perdidos durante uma conversa. Além das explicações de cada verbete, há identificações sobre os estrangeirismos, gírias do Québec, e até usos incorretos da língua.

 Mesmo que você ainda esteja aprendendo Francês, ou para quem já aprendeu mas está com receio da quantidade de influência anglófona que o francês québécois incorporou, recomendo a compra desse livro. Se você só está interessado sobre curiosidades da cultura québécois também recomendo e muito.

11 de março de 2010

Pensamentos...



Desde quando começamos nesse processo imigratório, que começou muito tempo antes do envio do dossiê, tenho lido blogs e acompanhado a vida (pelo menos uma parte dela) de muitas pessoas e famílias que decidem jogar tudo pro alto correndo atrás de um sonho. Diferente da onda de imigrantes para os EUA, Europa e Japão de alguns anos atrás que decidiam ir para outro país somente para fazer um "pé de meia", pois aqui não conseguiriam juntar dinheiro tão fácil e rápido, nós que decidimos mudar para o Canadá, muitas vezes, ganhamos salários muito bons por aqui e temos certo sucesso nas nossas profissões. Por isso, o sonho que move a maioria das pessoas não é ganhar salários estratosféricos ou "dominar o mundo", mas simplesmente ter qualidade de vida.
Nessa espera pré-entrevista paramos pra pensar muito nas possíveis perguntas do entrevistador e isso acaba nos fazendo pensar sobre os objetivos que nos move, e isso é realmente muito particular. "Qualidade de vida" é algo inesperavelmente subjetivo e, como disse no começo, sempre passeei muito pelos blogs e pude acompanhar diversas histórias, diversos sonhos e diversos objetivos tão distantes uns dos outros que até parece que não vão pro mesmo Canadá, mas muito pelo contrário, o Canadá é o mesmo, as famílias que são diferentes.
Por esse motivo eu até entendo as pessoas que se assustam quando digo que gostei e quero imigrar para o Canadá. Traduzindo a surpresa, acredito que eles queiram dizer "Dá pra ter qualidade de vida em um país que neva muito, que faz frio grande parte do ano, que tem um sistema de saúde questionável e etc ? Dá pra ter qualidade de vida longe da família, longe da cultura que está acostumado e que quer que seu filho carregue junto com ele?" e muitos outros questionamentos diferentes. Nesses momentos eu simplesmente me calo porque, como explanar para os outros meus "porque"´s se nossos valores são claramente diferentes? Impossível.

Existem pessoas que não se integram à comunidade Canadense e acabam retornando para o Brasil para tentar mudar os objetivos. Exatamente pelo que disse antes fica praticamente impossível tentar explicar os motivos desse insucesso, não sei quais sonhos ou quais valores eles carregaram para o Canadá. Porém, faz um tempo li um blog de um homem que dizia odiar estar morando no Québec. Nesse post ele falou todas as coisas que ele odiava por lá. Quando perguntado o porquê dele ainda estar morando onde odiava ele respondeu que era porque sua esposa adorava o Québec e não pretendia sair. Logo, os problemas que ele citou eram realmente sérios ou os valores que ele carregou na imigração eram diferentes dos valores que sua esposa carregou?

E pra terminar, li esses dias sobre a egípcia que queria usar o niqab em sala de aula durante a francisação, o que acarretou com a saída dela da escola. Acredito que toda história possui 3 lados: o lado de quem conta primeiro, o lado de quem conta em segundo e a verdade. Todavia, tendo lido um pouco sobre, acredito que o maior problema é que a mulher imigrou levando valores culturais que compunham a busca pela qualidade de vida que ela objetivava, e esses valores eram divergentes aos da sociedade quebecoise.

É, não tem mesmo como falar pelos outros, mas tem só como falar por mim e já repondo à todos que se assustam com minha imigração: Para chegar aos sonhos, aos objetivos que NÓS almejamos, vale a pena sim. E respondendo outra pergunta muito corriqueira: "Mas vocês não tem medo de que dê errado?". Bem, temos mais medo da frustração de não tentar...






 

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